sábado, 16 de setembro de 2017

Donga

Donga (1890-1974) foi músico, compositor e violonista brasileiro. Em parceria com Mauro de Almeida compôs a música "Pelo Telefone", gravado em 1917, o primeiro samba gravado na história.
Donga (1890-1974) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 5 de abril de 1890. Filho de Pedro Joaquim Maria, pedreiro, e de Amélia Silvana de Araújo, a "Tia Amélia", mãe de santa, cantadeira de modinhas, uma das baianas do bairro da Cidade Nova, junto com Tia Ciata, Tia Presciliana de Santo Amaro, Tia Gracinda, Tia Verdiana, que fundaram ranchos onde aconteciam sessões de candomblé e sambas.
Donga, influenciado pelo ambiente musical, com 14 anos aprendeu a tocar cavaquinho, violão, e banjo, além de dançar um partido alto. Assíduo frequentador da casa de Tia Ciata, na rua Visconde de Itaúna, foi ali que Donga, em 1916 compôs um trecho do samba "Pelo Telefone", depois terminada pelo jornalista Mauro de Almeida. Compôs também valsas, marchinhas, toadas e emboladas.
Em 1922, Pixinguinha monta o grupo "Os Oito Batutas" onde Donga tocava violão. Com suas marchas rancho, chorinhos e sambas, conquistam público e crítica, mudando o nome depois para "Os Batutas". Participa ainda da "Orquestra Típica Pixinguinha Donga" e em 1932 do "Grupo da Velha Guarda" e dos "Diabos do Céu".
Casou em 1932, com a cantora Zaira Cavalcanti, com quem teve uma filha, Lígia. Dois anos depois ficou viúvo. Casou ainda mais quatro vezes.
Em 1940 Donga gravou nove composições, no disco Native Brazilian Music, organizado pelos músicos Vila Lobos e o americano Leopold Stokows, que foi lançado nos Estados Unidos pela gravadora Colúmbia.
Donga (Ernesto Joaquim Maria dos Santos), aposentado como oficial de justiça, pobre, doente e quase cego, morava na Casa dos Artistas, no Rio de Janeiro. Faleceu no dia 25 de setembro de 1974.

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