segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Dilermando Pinheiro

 Dilermando Pinheiro nascimento 28/09/1917 falecimento 10/05/1975
Carioca, depois de tocar na Banda da Polícia Militar, passou a se apresentar nos anos 30 como cantor nas rádios Guanabara, Tupi e Nacional, e formou com Cyro Monteiro a Dupla Onze, na Rádio Mayrink Veiga. Gravou um disco em 1956 com sambas, incluindo "Minha Palhoça" (J. Cascata) e passou uma época esquecido. Até que em 1965 participou do show "Telecoteco Opus nº 1", que virou disco com o mesmo nome, também com Cyro Monteiro. Alguns dos maiores sucessos da dupla foram "Risoleta" (R. Marques/ M. Bernardino), "Seu Libório" (João de Barro/ A. Ribeiro), "Florisbela" (Nássara/ Frazão), "Formosa" (Baden Powell/ Vinicius de Moraes) e "Até Amanhã" (Noel Rosa).

Dilermando Pinheiro, considerado por muitos ao fazer shows com Cyro seu melhor parceiro nos palcos; o que fez Cyro certa vez comentar com a esposa Lú após mais uma fuga de Dilermando do hotel "a la Tim Maia" antes de um show de ambos, e Lú lhe aconselhando que em razão das muitas "sumidas" de Dilermando desfizesse a dupla, ao que retrucou lacônico : – "Não posso Lú, o homem é insubstituível !!! " Dilermando Pinheiro depois de gravar um disco em 1965 com sambas incluindo ‘Minha Palhoça", de J. Cascata, passou um período esquecido até que o jornalista Sérgio Cabral o resgata para o show "Tetecoteco Opus nº1″, juntamente com Cyro Nogueira, que virou disco com o mesmo nome.
"Dilermando Pinheiro que divide com Moreira da Silva as honras de maior cantor de samba de breque do Brasil", Sérgio Cabral. Dilermando (1917-1962) foi um dos mais notáveis representantes do samba carioca. Não lhe faltou garra, dedicação e talento. Sua fiel companheira foi a cachaça, esse talvez seu único pecado mortal. Gravou ao lado de Cyro Monteiro o antológico disco Teleco Teco Opus 1. Herdeiro fiel do estilo de Luiz Barbosa, esta figuraça da música popular só é lembrada pelos seus poucos fãs. Seus discos são disputados no tapa pelos memorialistas e malucos em geral. Uma pena que sejam poucos da atual geração conheçam o grande sambista que foi Dilermando.

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