domingo, 24 de setembro de 2017

Serginho Meriti

Sérgio Roberto Serafim, nascido em Madureira mas criado em São João de Meriti, onde foi batizado Serginho Meriti, apelido que o consagrou.
Com o sangue artístico correndo nas veias, Serginho Meriti herdou o DNA musical de seu Dona Nair e Felisbino.
Serginho, desde criança já tocava em casa os primeiros acordes no violão de seu pai.
Sua primeira oportunidade veio através de Edson Menezes autor de Deixe que diga que pense que falem...Onde já gravou um disco pela Tape Car. Disco Olé do Partido Alto Samba... 1976 com a música Balanço do Mar, autores. Serginho Meriti e Carlinhos PQD.
Daí em diante, a grande diversão na baixada fluminense eram os bailes. Banda de Baile Copa 7 tocando gafieira, samba. Participando na banda como compositor da música Som do Copa 7 n.1 e Som do Copa 7 n,2.
Com o sucesso dessas duas músicas, apareceu no RJ um cantor paulistano, Bebeto, ele começou a fazer sucesso com suas músicas e foi quando Meriti conheceu Bebeto no auge da carreira e este gravou 36 músicas de Meriti. Das quais em um único disco foram 11 músicas de Meriti das 12 do disco de vinil. Disco. Batalha Maravilhosa.
Pelo sucesso das músicas de Meriti com Bebeto, Meriti foi apresentado através de Gabriel Peçanha /grupo Rancho /onde Meriti cantava também nesse grupo. Foi apresentado a Roberto Menescau / papa da bossa nova. Onde Roberto Menescau contratou Meriti no ato pela extinta Polygram. De onde partiu um projeto New Disc 3 discos/ Primeiro disco de Meriti Bons Momentos, juntamente com Vitor Ramil/ irmão de Cleyton e Cledir e Robertinho do Recife. Onde regravou Neguinho poeta que já era sucesso e Monalisa grande sucesso em 1981.


Meriti continuou na Polygram e gravou seu 2 disco/ Vida tão bela Menina/ com participação de Leci Brandão na música/ Chicote da Vida/ música de Meriti e Dema. Pelo selo GEMA gravou o 3 disco Bem Natural com produção de Luis Antonio Porreca e Miguel Sidais dono do selo.
Meriti, desde muito cedo freqüenta a Mangueira, morando por muito tempo na comunidade. Em dado momento, foi convidado por Ivo Meirelles na época vice presidente de Jorge Doria, para a ala de compositores da Mangueira ate os dias de hoje. Por 7 anos consecutivos como segundo lugar na Mangueira.
Em suas andanças conheceu Beto sem Braço onde freqüentavam o inicio do Cacique de Ramos onde Zeca Pagodinho saiu para gravar seu primeiro disco e gravou neste uma música de Meriti e Beto sem Braço chamada Quando eu Contar, mais conhecida como Iaiá, primeiro sucesso de Zeca Pagodinho.
Daí passou a ser um dos maiores compositores de samba. Gravado por grandes nomes da música como. Mauro Diniz, Pedrinho da Flor, Deni de Lima/versador cativo de Zeca Pagodinho, Delano, Elaine Machado, Jovelina Perola Negra, Fundo de Quintal, Roberto Ribeiro, Martinho da Vila, Beth Carvalho, Almir Guineto, Arlindo Cruz e Sombrinha/ primeira dupla de samba, Neguinho da Beija Flor, Alcione, Mussum, Jorginho do Império, Bezerra da Silva, Elza Soares, saindo um pouco do samba foi gravado também por Blitz, Pique Novo, Sensação, Sorriso Maroto, Cidade Negra, Belo, Adriana Ribeiro, Leandro Sapucay, Maria Rita, Marcelo D2, Falcão do Rappa.
Meriti teve uma passagem muito boa pelo Reggae na mesma época em que freqüentava o Cacique de Ramos, com sua Banda Diaop onde fazia shows na Lapa, Circo Voador. Com sua Banda de Reggae gravou o disco Retratos da Vida. Conheceu Dimmy Clif, onde Meriti participou de seu primeiro clipe gravado no Brasil.
Em seguida Meriti lança o disco Luz do Nosso Povo. Pela gravadora Astral Music.
Nessa mesma época foi convidado por Ivan Lins para um disco de swing pela gravadora de Ivan Lins e Vitor Martins chamada Vellas. Disco Direto e Reto na pista. Sua historia e tão rica que são mais de 1000 composições, 700 gravadas e mais de 300 grandes sucessos.
É difícil enumerar todos os seus sucessos num universo tão vasto, mas além desses dois acima citados, fiquemos com o hino do penta, "Deixa a Vida me Levar", gravado por Zeca Pagodinho e ganhador do Grammy Latino em 2003 e o Prêmio TIM em 2004 de melhor samba.
Esse samba é tão bom que virou uma espécie de hino da Seleção Brasileira antes, durante e depois da conquista do Penta, em 2002, samba que foi levado à concentração da Seleção Brasileira, por Ronaldinho Gaucho/amigo pessoal de Serginho Meriti. Essa música entrou também, como trilha da personagem Dona Jura na novela “O clone” da Rede Globo.
Só para se ter uma idéia do valor desse prêmio, Serginho Meriti foi às finais com dois monstros sagrados da nossa música: Milton Nascimento e João Bosco. Mas não pensem que ele parou por aí. Zeca Pagodinho acaba de gravar mais uma composição de Serginho em parceria com Jairo Aleixo, chamada "O Biscateiro" com direito a DVD.
A sambista Alcione (Marron) que no seu CD incluiu "A que mais Deixa Saudades", onde a intérprete logo na introdução faz uma saudação a Serginho: "Alô, Serginho! Mandou bem". Outro sucesso gravado com a participação do Falcão do RAPPA “Mangueira é uma mãe”. E a mais recente música gravada por Marrom fazendo parte da trilha sonora da novela Caminho das Índias da rede Globo “Eu vou pra Lapa”.
Outra música que fez parte da mesma novela foi “Só faltou você” com Leandro Sapucahy.
Atualmente Serginho Meriti esta finalizando seu próximo CD, produzido por Leandro Sapucahy, e, com o projeto CONEXÃO DO SAMBA - SP x RJm, onde divide o palco com SAMBA DA LAJE - reduto do samba na comunidade da Vila Santa Catarina, zona sul de São Paulo.
Quem é rei, nunca perde a majestade, diz o velho ditado e Serginho está aí para não nos deixar mentir. Como diria o próprio cantor e compositor, é hora de colocar o CD para tocar e deixar a vida me levar.

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